Durante três dias, a Happy Wish Junior Initiative dinamizou uma formação de língua gestual portuguesa de forma a promover a inclusão da comunidade surda. A totalidade do valor angariado foi doado à Cruz Vermelha, que irá reverter todas as receitas para ajudar a população ucraniana.
Esta iniciativa foi a solução encontrada, refere a associação, para promover três aspetos importantes numa só atividade: angariar fundos para ajudar a população ucraniana, promover a inclusão da comunidade surda e presentear as pessoas com uma formação diferente, prática e dinâmica, de forma a adquirirem as ferramentas necessárias para apenderem a comunicar gestualmente.
Durante os dias 15, 16 e 17 de março, três membros do Departamento de ação social da associação assumiram o comando e abordaram temas como mitos da língua gestual, alfabeto, números, idade, saudações e despedias, graus de parentesco, pronomes e proposições, estruturas frásicas, entre outros. Em todas as sessões, os participantes colocavam em prática aquilo que aprendiam, de forma a garantir a consolidação do conteúdo exposto.
Foram mais de 70 participantes que, durante os três dias, se ligaram ao Zoom para assistir à formação. “Foi muito gratificante perceber a adesão massiva que tivemos por parte do público e a participação muito ativa, curiosa e interessada dos inscritos nos momentos de formação”, destaca Mariana Figueiredo, diretora do Departamento de ação social da Happy Wish.
A totalidade do dinheiro angariado com as inscrições foi revertido através de uma doação online para a Cruz Vermelha Portuguesa, com o objetivo de ajudar a população ucraniana. O valor doado pela Happy Wish foi 700€.
Esta associação sem fins lucrativos pertence ao Movimento Júnior, um movimento global de partilha contínua de conhecimentos, que aproxima os estudantes da realidade que é o mercado de trabalho, tendo como principal objetivo promover a aprendizagem dos seus membros através de experiências práticas.
Para além de complementar a educação com uma abordagem empreendedora, a Happy Wish funciona como uma incubadora de responsabilidade social, atuando e criando impacto na comunidade covilhanense, de forma a interligar o empreendedorismo com a igualdade social.
Alex Martins
Edição: Guilherme Carrazzoni