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Após um ano sem Campeonatos Nacionais Universitários, a Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) e a Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), uniram esforços para, ainda em tempos de pandemia, realizar as Fases Finais com responsabilidade e segurança.

Campeonatos esses que decorreram nas cidades da Covilhã e do Fundão, entre os dias 19 e 30 de julho, e que contaram com a participação de 70 equipas de 10 modalidades diferentes a representar 19 universidades de todo o país.

 

Numa data fora do comum e num ano que exigiu “muita preocupação a nível de saúde e de segurança para que tudo acontecesse de forma segura”, como nos confessou Ricardo Nora presidente da AAUBI, a região da Beira Interior recebeu, pela quarta vez, as Fases Finais dos Campeonatos Nacionais Universitários.

Contudo os espíritos académico e competitivo não se desvaneceram e fizeram-se sentir dentro das quatro linhas após cada apito. As cidades da Covilhã e do Fundão vibraram com uma enorme presença dos atletas universitários, que vieram defender a Associação Académica que traziam ao peito.

Em conversa com Ricardo Nora, este mostrou-nos uma enorme vontade de “passar uma mensagem de que é seguro não só a prática desportiva como o realizar deste evento” trabalhando, nesse sentido, em conjunto com várias entidades, como a Cruz Vermelha, o Centro de Saúde da Covilhã e Fundão, a Proteção Civil, entre outros, tudo para tornar possível a “prática desportiva e o coroar dos campeões do Desporto Universitário para este o ano de 2021”.

            Em entrevista ao +ACADEMIA, André Reis, presidente da FADU, considera que estes campeonatos foram muito intensos e exigentes, é “um processo grande, na medida em que vamos ter muitos participantes, muitas equipas e um tempo muito bom”, disse.

A complementar estes ingredientes, a FADU disponibilizou testes a todos os participantes. Para tal, tiveram obrigatoriamente de testar negativo, na chegada à Covilhã ou em alternativa, apresentar um teste negativo antigénio (48 horas antes) ou PCR (72 horas antes).

Para além desta medida implementada pela FADU, André Reis informou-nos que foi vontade da direção “aumentar o intervalo de tempo entre jogos. Habitualmente a FADU costuma realizar um intervalo entre jogos de uma hora e quarenta e cinco minutos, a duas horas e agora foi aumentado para duas horas e meia, de modo a que seja possível reforçar a limpeza dos balneários”.

Fazendo-se valer do vasto número de atletas que cada equipa dispunha, todas as Associações jogaram com o objetivo de levar uma medalha para a sua Universidade, mas o nível de dificuldade foi-se tornando cada vez mais difícil.

Contudo o medalheiro ganhou forma/corpo/estrutura. Contando com uma presença de peso da Universidade do Minho, que contaram com um total de 8 medalhas, mais oito universidades conseguiram cumprir um dos objetivos que os levou às cidades da Covilhã e Fundão.

A Universidade de Aveiro, por uma medalha, não igualou o resultado anteriormente apresentado. Já o Politécnico de Coimbra e a Universidade de Évora subiram ao pódio por três vezes. A Faculdade de Motricidade Humana conta com duas medalhas nas suas vitrines e as Universidades da Beira Interior, de Coimbra e a Nova de Lisboa conseguiram medalhar uma das suas equipas em competição. As restantes universidades participantes não subiram ao pódio, mas pisaram campos e jogaram entre linhas, que no fundo era o principal motivo.

Doze dias de bastante adrenalina, fair-play, mas também de bastante companheirismo entre todos os jogadores, equipas de organização e apoio aos jogos, levaram aos excelentes resultados apresentados pelos mesmos.